A Atenção Secundária se situa como o nível intermediário no sistema de saúde e é voltada para a assistência de média complexidade, envolvendo especialidades médicas e exames complementares. Diferente da Atenção Primária, que tem uma abordagem mais generalista, a Atenção Secundária oferece cuidados especializados. Abaixo estão algumas características específicas desse nível:

  • Serviços Especializados: Os pacientes que necessitam de cuidados especializados são encaminhados pela APS para a Atenção Secundária. Esses serviços incluem consultas com especialistas (como cardiologistas, endocrinologistas, ortopedistas, ginecologistas, entre outros), assim como tratamentos mais complexos que exigem exames diagnósticos, como tomografias, ultrassonografias e endoscopias. As unidades que oferecem esse tipo de serviço podem ser policlínicas, centros de especialidades e ambulatórios especializados.
  • Intervenções de Média Complexidade: Procedimentos médicos que exigem tecnologias intermediárias e que não podem ser realizados na Atenção Primária são oferecidos na Atenção Secundária. Isso inclui cirurgias ambulatoriais de média complexidade, tratamentos de doenças crônicas mais avançadas (como diabetes ou hipertensão mal controladas) e reabilitação em centros especializados.
  • Interligação com a APS: A Atenção Secundária está profundamente interligada com a APS, pois os encaminhamentos para consultas e exames especializados são geralmente realizados pelas equipes de Saúde da Família ou pelas UBS. Uma característica importante desse nível é a coordenação do cuidado, onde os especialistas que atendem os pacientes devem se comunicar com a APS para garantir o seguimento e a continuidade dos cuidados após a consulta ou procedimento.
  • Gestão da Demanda: Um dos desafios da Atenção Secundária é a gestão da demanda, que muitas vezes supera a capacidade dos serviços de média complexidade, gerando filas de espera. Para enfrentar esse desafio, são utilizadas estratégias como protocolos clínicos para definir critérios de prioridade e gestão de filas com base em riscos clínicos.