A assistência farmacêutica pode ser dividida em três componentes principais, conforme a complexidade dos medicamentos e os níveis de atendimento a que estão destinados:
1. Componente Básico da Assistência Farmacêutica
Este componente é responsável pela distribuição de medicamentos essenciais utilizados na Atenção Primária à Saúde. Os medicamentos do componente básico são aqueles voltados para o tratamento de doenças comuns e crônicas, como hipertensão, diabetes e asma. Esses medicamentos são distribuídos principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e estão disponíveis nas farmácias do SUS, sendo fornecidos de forma gratuita à população. Exemplos de medicamentos: Antibióticos, anti-hipertensivos, insulinas, contraceptivos, medicamentos para diabetes e vacinas.
2. Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica
O componente estratégico tem como objetivo o fornecimento de medicamentos para o tratamento de doenças consideradas de interesse público, que têm um impacto relevante na saúde pública. Esses medicamentos são voltados principalmente para o controle de doenças transmissíveis e endêmicas. Exemplos de medicamentos: Medicamentos para tuberculose, hanseníase, malária, HIV/AIDS, hepatites virais, influenza, além de insumos estratégicos, como preservativos. Esse componente também inclui medicamentos para programas de saúde pública, como os de controle de doenças negligenciadas e o Programa Nacional de Imunizações.
3. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF)
O Componente Especializado é voltado para a disponibilização de medicamentos de alta complexidade e elevado custo, necessários para o tratamento de doenças raras, complexas ou crônicas, que requerem tratamentos contínuos e prolongados. Esses medicamentos são destinados, em grande parte, aos pacientes que necessitam de cuidados em nível secundário e terciário. Exemplos de medicamentos: Medicamentos imunobiológicos, medicamentos para doenças autoimunes, esclerose múltipla, artrite reumatoide, doenças hematológicas, câncer, entre outros.
Esses medicamentos são fornecidos em farmácias de alto custo, localizadas em hospitais de referência ou unidades especializadas, e seu fornecimento é frequentemente condicionado ao cumprimento de critérios clínicos estabelecidos por protocolos terapêuticos.